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NOS BASTIDORES DE SAMBA DAS GUERREIRAS

Em 2018, o GRES Portela realizou uma nova edição do show “A Noite Veste Azul” com Paulinho da Viola e Marisa Monte, a renda do evento financiou a realização de uma oficina de audiovisual, coordenada por Cecília Rabello, voltada para a comunidade portelense e garantia aos três melhores argumentos, a produção de um curta metragem. Rozzi Brasil, desfilante da ala da comunidade, apresentou o argumento para o filme #Procuram-se_Mulheres, do qual foi diretora e roteirista,  com o objetivo de despertar o debate sobre a não visibilidade das mulheres compositoras, cantoras e instrumentistas no samba. O filme circulou por oitenta e duas mostras, participou de festivais importantes no Brasil, foi selecionado para competições no exterior – França, Portugal e Alemanha, tendo sido premiado no Cine PE (terceiro maior festival de cinema da América Latina) e SMVC  de  Santa Maria, Rio Grande do Sul. 

As personagens do filme foram selecionadas através da rede social  e se conheceram no set de filmagem, a casa histórica da Ruça, ex-presidenta da Unidos da Vila Isabel que fez deu à sua agremiação o icônico campeonato de 1988 com o enredo Kizomba. A partir daí, o filme agregou a formação da parceria Samba das Guerreiras #Presente, que nesse mesmo ano produziu o samba enredo concorrente para o carnaval de 2019, tornando-se a primeira parceria só de mulheres a competir numa escola de samba no Rio de Janeiro, fato bastante divulgado pela grande mídia.

Desde então a parceria nunca se desfez e segue com suas conquistas, a mais importante: servir como motivação para várias outras que vêm se formando e incentivo para mais mulheres participarem, como compositoras e cantoras da manifestação cultural mais importante da nossa cidade. 

Alguns Prêmios em 2023:

Vencedoras do concurso de samba enredo para GRES Turma da Paz de Madureira, escola da Superliga (Intendente Magalhães, Rio de Janeiro). Enredo Oyá senhora dos ventos e o mistério das águas

1º Lugar no Concurso de marchinhas do Bloco do Heitor 2023 (inclusive adotado como hino oficial da agramiação)

3º Lugar no Concurso de Samba Exaltação à Galeria da Velha Guarda da Portela, 2023  (fechado apenas par compositores da escola GRES Portela)

3º Lugar no concurso 1º Concurso de Samba de Mulheres do Beco do Rato e Samba Social Clube, 2023

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CURRÍCULO PROFISSIONAL

Quem são as Guerreiras 

ANA QUINTAS
(compositora fundadora intéprete)

já dividiu palco muitas vezes com Tia Surica, começou na carreira artística ao vencer o concurso de melhor cover de Clara Nunes no Domingão do Faustão. Durante seis anos abriu a Feijoada da Família portelense e circula pelas lonas e areninhas do Rio. Atualmente prepara o seu EP "Diretrizes" que terá músicas de Monarco, Moacyr Luz, Mauro do Cavaco compostas especialmente para ela.

CATIA GUIMARÃES
(copositora fundadora)

Compositora desde 1990, participou de concursos de samba enredos entre eles Gato de Bonsucesso, Boêmios de Irajá, Camaré, Arame de Ricardo entre outros.

Em 2001 passou a integrar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela como desfilante, tornou-se Presidente de Ala e posteriormente conquistou o seu lugar como Compositora em 2013 quando foi  integrada à Ala ARY DO CAVACO,  de Compositores da Portela. 

Em 2018 participou do Concurso de Samba enredo da Portela com a parceria Samba das Guerreiras, formada somente por mulheres.

Ainda em 2018, participou do 1° Concurso de Samba de Terreiro da Portela, quando o seu samba foi premiado, integrando-se como faixa 6 do CD desta Escola de Samba, capa do Jornal o Globo!

Em 2023, na parceria Samba das Guerreiras, torna-se campeã com o samba enredo para Turma da Paz de Madureira.

MERI DE LIZ
(compositora fundadora)

cantora, violonista e compositora figurou durante 30 anos nas noites cariocas com o projeto “Mpbsamba” - violão e voz, show eclético destacado pela qualidade, inspirado em grandes nomes da música popular brasileira. Grupos vocais como: Coral Harmonia e Coral Harte vocal, solidificaram sua formação musical. Iniciou  sua carreira como compositora  em 1980, participando de alguns  festivais estudantis . Participou do seleto Grupo musical da Galeria da Velha Guarda da Portela, como violonista e vocal, ao lado da cantora Ana Quintas,  apresentando-se nas feijoadas da azul e branco de Madureira. É uma das fundadoras da parceria Samba das Guerreiras.

Atua como Educadora em saúde desde 2008 na Secretaria Municipal de Saúde. Desde  2014 integra a ala de compositores do G.R.E. S Portela. Atualmente, dedica-se a compor trilhas para teatro musical por exemplo, “No tempo de Noel Rosa” e “O berço do Herói e integra o  Movimento de mulheres sambistas e também ao projeto Mulheres na Roda de Samba , no Rio de Janeiro, onde vem fazendo novas parcerias com mulheres compositoras

carioquíssima! Integrante da ala de compositores da Portela desde 2018, já na parceria Samba das Guerreiras, nesse mesmo ano conquista o vice-campeonato no concurso de samba enredo da Arame de Ricardo com os parceiros Cátia Guimarães e Vanderlei Santanna.

Professora, produtora e articuladora cultural, multiartista, realizadora do audiovisual, designer e fotógrafa.

Escritora, coautora em cinco antologias entre 2020 e 2021, é autora do Livro Histórias da Cabrochinha, obra literária que aborda a violência contra mulheres e crianças. 

 

Cineasta premiada em 2020 no CinePE (festival de Pernambuco) e SMVC (festival dde Santa Maria-RS)  com o curta #Procuram-se_mulheres, documentário sobre a invisibilidade da mulher no samba apesar de todos os seus feitos, que aglutinou a parceria Samba das das Guerreiras.

 

Coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais Universidade das Quebradas do PACC/Letras/UFRJ com Heloisa Buarque de Hollanda e equipe. Criadora do projeto #LivresLivros - oficina de leitura e escrita para mulheres racializadas e periféricas. Antirracista,  busca integrar o samba enquanto cultura negra nos ambientes educacionais por tradição.

Fundadora do coletivo feminista MUQ - Mulheres nas Quebradas. Fundadora da Associação Casa da Vida, ong que abraça como missão promover através da Educação, Cultura e Saúde, inclusão e desenvolvimento em favor de mulheres e crianças em vulnerabilidade social, portadores de doenças graves

ROZZI BRASIL
(compositora fundadora)

SIMONE LYNS
(intérprete fundadora)

Cantora de voz potente que desponta no carnaval como intérprete de várias agremiações carnavalescas, tem passagem pela Beija Flor, Bloco Birita's. Dirige a ong Gato Preto, na comunidade de mesmo nome, na Baixada Fluminense voltada para a educação e cultura de crianças

ALEXXA
(intérprete)

Cantora Compositora e Intérprete  | Primeira mulher trans intérprete no carnaval carioca.

Conheceu o mundo do carnaval com uma amiga de infância que, em 2021, a incentivou a participar de um concurso no GRES Império da Zona Norte 2021, tornando-se intérprete dessa agremiação

 Em 2022 foi convidada pelo carnavalesco Amarildo de Mello a fazer a apresentação de um protótipo para a Leandro de Itaquera, a partir daí surgiram convites das parcerias para que interpretasse seus sambas. Ainda em 2022, veio como intérprete oficial da GRES Novo Império, agremiação afilhada da Portela.

Convidada por Ney Lopes a defender samba de Terreiro na Portela, torna-se conhecida no circuito das escolas de Madureira, recebendo convites de algumas parcerias para defender seus sambas, integrando assim,  palcos no Império Serrano e Portela, inclusive, defendeU o samba campeão para  a Turma da Paz de Madureira, 2023, composto pela parceria Samba das Guerreiras, que levou essa escola de samba só de mulheres a integrar a SÉRIE BRONZE nos desfiles da Nova Intendente Magalhães.

Teve, como intérprete, passagens honrosas na GRES Bangay, Bloco Bagunçando o Coreto.  Alexxa, é voz confirmada para o palco das Guerreiras nas disputas de enredo 2024 quando a Portela trará o enredo “UM DEFEITO DE COR”

CÁSSIA SILVA
(compositora)

Teve passagem pela Estácio de Sá, disputou samba enredo onde aprendeu amar o samba. Portelense  de coração conheceu a Escola e daí não saiu mais.
Desfilante da Portela e torcedora das Guerreiras encontrou uma oportunidade de fazer parte do grupo onde se orgulha de ser hoje uma Guerreira.

SANDRA PORTELLA
(intéprete)

Sandra Portella, mineira de Juiz de Fora, apaixonada por Clara Nunes, vem se solidificando com uma das maiores cantoras de samba da atualidade. Com dois CDs gravados, um deles indicado para Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantora de samba (2018) e participação em projetos fundamentais como o CD "Sambas para a Mangueira," pela Biscoito Fino, produção do Centro Cultural Cartola, também indicado ao Prêmio da Música na categoria Melhor CD de Samba. Sandra, habitualmente, divide palco com referências musicais e artísticas como Martinho da Vila, Rildo Hora, Dudu Nobre, Diogo Nogueira dentre outros. Paixão pelo ritmo. Samba para os ouvidos. Samba para o coração.
Cantora e compositora, destaca-se pela extensão vocal privilegiada. Intérprete de carnaval, premiada por sua atuação no carnaval de Juiz de Fora.

ANDRÉA MOREIRA

Pedagoga, psicopedagoga, escritora, poetisa, Diretora da Escola de samba Mirim Filhos da Águia da Portela, cantora, compositora, Jurada de carnaval e sambista nata da Portela. Defensora do legado do meu pai Wilson Moreira. Canta sua arte espalhando o amor que ele nos deixou. Trabalha na área educacional  e atualmente duas das suas poesias foram selecionadas no concurso Conceição Evaristo de Literatura da Mulher Negra e entraram na coletânea. "Amo Carnaval e adoro poder contribuir com o mesmo de alguma forma."

DAYSE DO BANJO

 é carioca da gema, nascida no subúrbio de Padre Miguel. Seu pai era músico profissional e dos bons. Sua mãe cantava muito bem. Dayse cresceu ouvindo samba, choro, bossa nova e logo logo começou a tocar violão. Depois, por admiração ao grande Almir Guineto, passou a tocar banjo e mais tarde se tornou diretora musical de sua banda e parceira de música. Se tornou profissional cedo, sempre cantando samba e encantando a todos por esse Brasil afora. (...)
É muito importante pro samba, termos a Dayse do Banjo, mulher, compositora, cantora e instrumentista. É uma jóia rara e fez um disco que temos que ter em nossas casas. - depoimento de Beth Carvalho

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